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4.4 O bairro da Parada Inglesa de 1980 a 1990

   Na sobreposição das imagens (fig. 48) do Mapa Gegran (1974) e da imagem aerofotogramétrica (2010) evidencia o adensamento e a verticalização da região, bem como a modificação da topografia e dos antigos traçados de 1930. 
      As fotos corrigidas de todas as deformações presentes obtidas no Mapeamento Digital da Cidade de São Paulo implicam na conversão da imagem original (fotografia aérea), para correção das deformações do relevo (ortofoto).

Figura 48 – Sobreposição de Mapa GEGRAN – 1974 e imagem aerofotogramétrica EMPLASA - 2010

Fonte: EMPLASA. PRODUTO_RMSP_BCSCM_2_EMPLASA_1974_ARTICULACAO_FOLHA_TIFF
PRODUTO_ESP_FOTO_25_EMPLASA_2010_MOLDURA (modificado pela autora).

  Houve uma grande modificação da paisagem (de 1980 à 1998) com a expansão norte da Linha 1 do Metrô, com a aquisição e remoção de lotes, ruas (como a Rua Padre José Rebouças entre outras) e o tamponamento, drenagem e retificação do rio Carandiru e a criação de uma Avenida Nova: a Avenida Luís Dumont Vilares e a criação da Praça Nossa Senhora dos Prazeres, delimitado pelas ruas Tomé Portes, Amandau, Silvio Rodini e 24 de Dezembro, iniciados na gestão do prefeito Jânio Quadros em 1986 (fig. 49).

     A estação da Parada Inglesa do Metrô, inaugurada em 1998, com estrutura em concreto aparente, é elevada a cerca de 10m do solo, possui plataformas laterais e cobertura metálica, com 6.635m² de área construída. 
Seus acessos são pela Rua Professor Marcondes Domingues e pela Avenida Luís Dumont Vilares (esquina com a Rua Inglesa). A estação conta também mezanino de distribuição abaixo das plataformas, além de integração com Terminal de Ônibus Urbano.
Entre 1980 e 1990, uma grande transformação tridimensional do espaço que, finalmente, oferece liberdade completa a forma estendendo-se em qualquer direção perceptível, arranjos ilimitados de objetos, e a mobilidade total. Até aqui a terceira dimensão do espaço foi analisada essencialmente como uma variável da distância para localização dos objetos visuais representados bidimensionalmente (fig 51).

     A partir de 2000, uma ampliação vertical (formas) e de sombreamentos (luz e sombra), surge uma cidade virtual, uma cidade em rede de transformações: a imaginação não pode ir além destas três dimensões espaciais; pode-se estender a série apenas pela construção intelectual.
     Segundo Arnheim, o movimento é a atração visual mais intensa da atenção. O movimento implica numa atenção nas condições ambientais, e mudança pode exigir uma reação. Fazemos distinção entre coisas e acontecimentos, imobilidade e mobilidade, tempo e atemporalidade, ser e vir a ser.

 

Figura 49 – Decreto do Prefeito do Município de São Paulo Jânio Quadros.

Fonte: TV Globo. Reportagem do SPTV dia 07/08/2012.

     O córrego Carandiru possui cerca de 6km de extensão e nasce às encostas da Avenida Tucuruvi, onde passa canalizado subterraneamente pelo bairro da Parada Inglesa e sob as Avenidas Luís Dumont Villares e a Avenida General Ataliba Leonel, até chegar em Santana, onde corta o Parque da Juventude e o centro da Avenida Moysés Roysen e desaguar no Rio Tietê. Forma uma microbacia de cerca de 8km² que se estende pela metade Sul de Santana, Parada Inglesa, Vila Dom Pedro II, Jardim São Paulo, Vila Isolina, Carandiru, Anhembi e boa parte da Vila Guilherme, especialmente a parte norte. Hoje encontra-se grande parte oculto pelo tamponamento e aberto na parte posterior do Parque da Juventude (Carandiru) mas, apesar da paisagem o córrego está poluído e degradado (fig. 50).

Figura 50 – Ponte sob o Córrego do Carandiru

Figura 51 – Foto do metrô chegando na estação Parada Inglesa

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