5.1.2 FRED NA PRAÇA

A proposta de instalação na praça Nossa Senhora dos Prazeres foi um “start” de ação temporária, utilizando cabos tensionados, panos esticados e a figuração do protótipo FRED uma escultura de arame com projeções de luz indireta por meio de dois refletores LED com baterias próprias.
Foi elaborado um convite/folder (fig. 79) na data conjunta ao aniversário da pequena Alice (filha da autora). A intenção era trazer os convidados à praça, juntando um aniversário a uma vernissage, ou seja, um “aniverssage”.

Esta exposição apresentou alguns resultados obtidos no Grupo de Pesquisa ARTEMÍDIA e VIDEOCLIP (WIP Work In Progress), a intervenção propõe um olhar diferenciado do expectador na praça, por meio da iluminação indireta e a reflexão de luz e sombra projetadas no protótipo WireFrame Man.
A intervenção aconteceu dias 03 e 04 de outubro de 2015, na Praça Nossa Senhora dos Prazeres, s/n, Parada Inglesa, São Paulo (fig. 80), promovendo uma ação inicial para observar a relação dos usuários da praça e um novo objeto inserido.

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Figura 79 - Imagem do folder do projeto na Praça Nsa. Sra. dos Prazeres no bairro de Parada Inglesa (SP).

Fonte: folder elaborado por Taisa Nogueira e Daniel Scarpin.

Figura 80 - Instalação do FRED da Praça Nsa. Sra. dos Prazeres no bairro de Parada Inglesa (SP) dia 03/10/2015.

Fonte: foto da autora.

O trabalho foi apresentado à Subprefeitura Santana-Tucuruvi (fig. 81), e obteve um “Termo de Autorização de Uso e Ocupação do Solo (Condicionada)” intitulado “Esculturas em Arame” na praça Nossa Senhora dos Prazeres, juntamente com as artesãs da feirinha “Encantos da Cantareira” que acontecia periodicamente aos domingos (2015).

Figura 81 - Diário Oficial do Município – dia 03/10/2015 – São Paulo

Fonte: Diário Oficial do Município – Prefeitura do Município de São Paulo – dia 03/10/2015 – São Paulo, 60 (185) -11

O trabalho experimental iniciou numa busca perceptiva do ambiente urbano, por meio de imagens mentais e com a criação do protótipo de arame que, devido à dimensão horizontal da praça e a escala do objeto, a intervenção não realizou a plena visibilidade da proposta. Foi plotada a ocorrência da instalação do FRED e sua inserção na praça (fig. 82) a coordenada foi definida por ser uma área de maior contingente de população flutuante da praça.

Por meio do estudo de observação da praça (fig. 83), nos dias da intervenção, em tempos e horários diversos, evidenciamos um adensamento da população flutuante na área setentrional e sua múltipla função e usos (área em laranja), uma área intermediária (amarelo) menos arborizada porém com equipamentos de lazer, possibilitando o acesso e circulação intermediária e a área (amarelo claro) com menor presença da população flutuante (área com a presença de arborização na área meridional).

Sobre a intervenção, podemos concluir que o objeto FRED não alcançou os objetivos pretendidos, ou seja, não provocou uma alteração significativa na praça. Por ser um objeto translúcido, o espaço apropriou a escultura, ou seja, ela “sumiu” no ambiente urbano. Umas “gambiarras” com panos improvisaram um espaço cênico descontextualizado do ambiente da praça. No caso, a imagem do projeto no folder/convite ficou mais interessante do que o resultado visual apresentado.