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5.2.2 Escultura- Móbile TSURU: “Viva Anariá”

    A lenda no Japão, segundo a qual, aquele que fizesse mil tsurus de origami teria um pedido atendido pelos deuses. Mas essa lenda ficou mundialmente conhecida com a triste história de uma garotinha chamada Sadako Sasaki (fig. 99).

   Sadako nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre a cidade. Em 1955, ao completar 12 anos de idade, Sadako sentiu-se mal e o diagnóstico foi de leucemia. Na época a leucemia era até chamada de "doença da bomba atômica". Sua melhor amiga, Chizuko Hamamoto foi visitá-la no hospital, fez uma dobradura de tsuru e presenteou Sadako, contando-lhe a lenda dos mil tsurus de origami.

    Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperação. Em dado momento Sadako compreendeu que sua doença era fruto da guerra e mais do que desejar apenas a sua própria cura, ela desejou a paz para toda a humanidade, para que nenhuma criança mais sofresse pelas guerras. Ela disse sobre os tsurus: "Eu escreverei PAZ em suas asas e você voará o mundo inteiro".

   Por fim, na manhã de 25 de Outubro de 1955, Sadako montou seu último tsuru e faleceu, amparada por sua família. Ela não conseguira completar os mil origamis, fizera 644. Mas seu exemplo tocou profundamente seus colegas de classe e estes dobraram os tsurus que faltavam para que fossem enterrados com ela.

Os orientais realmente têm uma visão perceptiva mais interessante sobre a morte, menos fúnebre e mais transcendental.

Figura 100 - Crowdfunding e FanPage “Viva Anariá”.

Figura 99 - Monumento à Sadako em Hiroshima.

    Dia 16 de maio de 2016, um carro desgovernado invadiu uma calçada em frente a um bar e atropelou três pessoas no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, na madrugada. O acidente ocorreu por volta da meia-noite quando o veículo descia a Rua Cardeal Arcoverde na esquina com a Rua Belmiro Braga, no sentido do Largo da Batata. O condutor teria perdido o controle da direção e atingido os pedestres. Uma das vítimas, Anariá Recchia faleceu.

    Com a colaboração dos parentes, amigos e colegas de Anariá, foi criado um Croudfunding e uma fanpage “Viva Anariá” para arrecadar fundos para ações relacionadas ao perigo de dirigir embriagado, produção e colocação de lambe-lambes com mensagens educativas em esquinas da região e de placa memorial, além de ações junto à Prefeitura e à CET.

    Enquanto elaborava os tsurus soube da tragédia ocorrida com Anariá. Prontamente os móbiles-esculturas de Tsurus estiveram presentes do Bar do Baixo, buscando trazer o alívio da esperança e da paz. (fig. 100)

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