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Introdução

    A investigação da percepção artística no espaço urbano iniciou-se em 2004 no curso de Bacharelado em Artes (IA-UNESP/SP). O trabalho estudava teoria das cores tendo como poética a percepção artística do espaço urbano. 
   A partir de então, a questão da percepção artística relacionada ao espaço urbano tornou-se escopo para o desenvolvimento de projetos, tanto na área de Arquitetura e Urbanismo, intitulado “Relações Perceptivas do Espaço: Requalificação Urbana e Multifuncionalidade” (FAU/Mackenzie, 2008) como na Especialização em Artes Visuais “Análise, Propostas e Intervenções Artísticas no Espaço Urbano” (SENAC/RJ, 2012). Atualmente, o desafio de aprofundar tais investigações renova-se diariamente na tarefa docente. 
    A principal consequência destas investigações foi uma proposta de leitura artemidiática do espaço urbano cercada pelo conceito de percepção pós-moderna da cidade e guiada por artistas que trabalham sobre a importância de definição do conceito de site specific, principalmente, Richard Serra e Gordon Matta-Clark. Essas reflexões são expostas na introdução do trabalho.
   Em seguida, a primeira parte da dissertação propõe-se a definir objeto estudo: a Parada Inglesa como site specific; e seu método de trabalho, a saber, a análise e reflexão do espaço urbano por meio dos mapas e sua modificação perceptiva. 
    Começando por uma reflexão poética do espaço urbano, intitulada Memórias Cartográficas, que utiliza o mapeamento histórico da Parada Inglesa para caracterizar os elementos formadores do imaginário urbano na região, as memórias e identidades dos lugares. Flanando pela região, e fazendo uso de mapas mentais, diálogos entre as memórias biográficas e a paisagem urbana foram se configurando, entre linhas e formas do espaço e tempo, lidos e interpretados sob a luz das leis da Gestalt. 
   Posteriormente, experimentações são propostas analisando o espaço urbano através de intervenções e apropriações urbanas elaboradas na Parada Inglesa, relatadas em estilo diário de bordo. Intervenções artísticas, de caráter empírico-aplicado, seguindo a metodologia da “Cidade Polifônica” de Massimo Canevacci, resultaram em mapas visuais de caráter qualitativo que representam uma rede de significados aos vários panoramas na relação espaço-temporal da região.
   Buscou-se desenhar as memórias do processo criativo, registradas por meio de filtros visuais e autocríticos acerca das atividades desenvolvidas (2015-2017) que analisaram a percepção do ambiente, propuseram a leitura e criação de mapas visuais e desdobram na poética urbana da serendipidade e do flanar na Parada Inglesa.
  Experimentações no espaço urbano são compreendidas como produção artística de modo expansível em diversos tipos de formas e suportes, seja por meio da escultura “wire-frame man” apelidada de FRED ou pela elaboração de oficinas e workshops com a aglomeração de origamis de tsurus na praça.
   Com isso, o trabalho visa conjugar de forma experimental, a união do pensamento abstrato e a concepção formal da cidade, ampliando a compreensão dos processos artísticos no espaço urbano por meios didáticos apoiados na pedagogia de Freinet. 
   Enfim, o processo artístico toma corpo e assume o processo metodológico do projeto, constituindo novos sentidos, significados, contextualizações e produzindo interdisciplinaridade.

O trabalho parte da reflexão do conceito de site specific, pelos artistas Richard Serra e Gordon Matta-Clark. 

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