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    O trabalho tem se configurado sob uma sensibilização e reconhecimento local por meio do flanar, registrados por meio de fotografia digital, desenhos, imagens e mapas mentais de caráter qualitativo visando representar uma rede de significados aos vários panoramas metropolitanos na relação espaço-temporal.
    A intervenção urbana passa a ser encarada como o reflexo (resultado) de um método de compreensão do meio ambiente urbano por meio de diversas abordagens tendo como objetivo produzir um recorte experimental das manifestações artísticas urbanas.
    A área escolhida para as primeiras intervenções e experimentos artísticos na região da Parada Inglesa foi a Praça Nossa Senhora dos Prazeres, (fig. 65) situada à 260m da Estação Parada Inglesa, devido ao fácil acesso, contextualização histórica (uma praça sobre o Rio Carandiru) e principalmente por ser uma praça que cumpre sua função de espaço público urbano livre de edificações e que propicia convivência e recreação à transeuntes, moradores e população em geral.
    A praça criada com o tamponamento do Rio Carandiru, possui topografia plana, com ampla área verde permeável, arborizada (com densidade de massas diversas). Foi identificada uma área de visibilidade do córrego, uma ponte na Rua Tomé Portes (fig. 66).

    A Avenida Luís Dumont Villares (também conhecida como Avenida Nova pelos moradores) é uma via importante que foi construída no começo da década de 1980 para melhorar o tráfego das Avenidas Nova Cantareira e General Ataliba Leonel. Para sua construção, algumas casas foram desapropriadas e parte do Córrego Carandiru foi canalizado. Antes da construção da avenida, as ruas das redondezas eram de terra e a proximidade com o córrego causava problemas de inundação. 

    Tanto a avenida Luiz Dumont Villares quanto a praça Nossa Senhora dos Prazeres frutos do desapropriamento de diversos terrenos particulares, alguns não indenizados, que ainda viram notícias, como no caso do sr. Mauro, que ergueu um muro de 2 metros de altura e 25 metros de comprimento (fig. 67). De acordo com a associação dos moradores, o homem alega que o terreno foi desapropriado, mas sem o pagamento de indenização, mesmo sem possuir documentos comprobatórios. As placas de concreto erguidas próxima à rua 24 de Dezembro, foram retiradas pelos funcionários da Subprefeitura Santana/Tucuruvi no outro dia (07/08/2012).