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4.5 O Site Specific Parada Inglesa

    Recapitulando, numa ordem cartesiana de espaço e tempo, o site specific estudado em 1916, configurado em um espaço-vazio, não-lugar, para a configuração de linhas, com ênfase à linha férrea contínua, do centro à periferia (1924), reconfigurada na sobreposição de linhas em 1930, com a delimitação de novos contornos, num emaranhado de linhas descontínuas, transformando um plano bidimensional em pequenas volumetrias de até dois pavimentos, com a fluidez da geometria plana.

   O plano bidimensional se transforma em volumes simples sem sombras, surge a de delimitação de lotes, ruas e demarcações de planos vazios. Em 1950 a 1960 o volume passa à tridimensionalidade com a verticalidade do plano. De 1970 a 1990, a transformação do tecido urbano com o crescimento e a mudança dos contornos, com a criação de novos planos (aéreos e subterrâneos). 
     De 2000 a 2010, o crescimento fragmentado, na transformação da ampliação tridimensional por meio de grandes volumetrias e sombreamentos e áreas extensas. A partir do estudo cartográfico por meio da memória perceptiva, chega-se à conclusão de que o site specific estudado é um bairro não-definido, onde sua história confunde-se com a história dos bairros de Santana e Tucuruvi.
    Atualmente, segundo o código de endereçamento postal (CEP/Correios) o bairro da Parada Inglesa resume-se ao perímetro da Rua Inglesa, Rua André Campale, Rua Ladário, Rua Cruz de Malta, Rua Borges e Av. Álvaro Machado Pedrosa (anteriormente conhecida por Avenida Internacional).(fig 52)

 

    Na parte inferior do mapa, no perímetro da Rua Ladário, Rua Cruz de Malta até a Rua Paulo Avelar na divisa com a Av. Luiz Dummont Villares, é o Bairro D. Pedro II, onde encontra-se a Praça Nossa Senhora dos Prazeres.
     Do lado direito da Av. Luiz Dummont Villares temos os bairros de Tucuruvi, num perímetro entre a Avenida Tucuruvi, Luiz Dumont Villares, Avenida Nova Cantareira e Rua Dr. Natalino Righeto. O bairro da Vila Paulicéia, definido pelos limites da Avenida Nova Cantareira, Luiz Dumont Villares e rua Monte Belo, na parte sudeste, encontra-se à partir da rua Parque Domingos Luís o bairro de Jardim São Paulo.
     A região estudada é de ocupação predominantemente residencial, bem arborizada de média densidade, com prédios de médio e alto padrão. No comércio, destacam-se redes de farmácias, lojas de roupas, salões de estética, pet shops, padarias, franquias de lojas e agência de viagens. A vida noturna da região é intensa principalmente na Avenida Luiz Dumont Villares por seus bares e restaurantes. 
   Um importante equipamento na região foi a implantação do SESC Santana, projeto do arquiteto Miguel Juliano (fig. 53 e 54), inaugurado em 2005, no bairro de Jardim São Paulo, possibilitou a inserção cultural por meio de artes plásticas, cinema, dança, literatura, música, teatro, além de equipamentos de lazer como salas de ginástica, piscina, quadras e áreas de convivência.
      O Sesc é um importante espaço de ação cultural que busca atuar na formação de plateias, na criação artística e cultural e a reflexão, com programas que visam o estímulo à produção cultural e aos processos educativos, da consciência ecológica e da preservação ambiental. Tal abrangência que permite, de modo democrático, o estreitamento entre público e a produção artística emergente.

    Em 2009, no Sesc Santana, foi produzida uma intervenção pela artista Regina Silveira intitulada Mundus Admirabilis (fig. 55). A própria cidade é entendida como suporte para visualização dos trabalhos de Regina Silveira. Nos últimos anos, algumas obras e intervenções da artista se relacionam diretamente com a arquitetura em termos da escala urbana.
    A intervenção elaborada por meio da composição de diversas imagens digitais de grande formato, realizada como plotagem em vinil adesivo, recortado e aplicado sobre a fachada, onde podemos exercitar nossa observação e nosso "maravilhamento" frente aos hiperbólicos seres daninhos.

    Regina Silveira  explora e atualiza investigações sobre os novos recursos de produção de imagens por técnicas eletrônicas, desde o viés das obras públicas. Segundo a própria artista, seu trabalho deriva de seu crescente interesse pela Arquitetura, em termos dos seus próprios códigos tradicionais de representação ou de obras concebidas especialmente para espaços arquitetônicos determinados. Aqui se incluem os espaços reais, onde a artista constrói instalações e também os virtuais, representados por meio de desenhos arquitetônicos convencionalizados, que servem de motivo para distorções e estranhamentos.
 

Figura 52 – Perímetro do bairro da Parada Inglesa segundo o código de endereçamento postal (CEP/Correios)

Figura 53 – Implantação do SESC Santana

Fonte: GoogleMaps

Figura 54 - Corte BB - Sesc Santana. Site Arquitetura Viva SESC – SP.

Figura 55 - Regina Silveira, Mundus Admirabilis, Sesc Santana, 2009.

Fonte:http://www.vistobrasil.com.br/blog/eng/2012/04/foreigners-envy-sesc-model-says-new-york-times/ http://www.canalcontemporaneo.art.br/quebra/archives/2009_07.html    
Ver biografia completa de Regina Silveira apresentada no diário.
Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8084/regina-silveira

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